quinta-feira, 19 de março de 2009

MT: Encontro discute medidas para enfrentar o problema das crianças em situação de moradia nas ruas.

Pelo menos 15 mil crianças e adolescentes moram hoje nas ruas das capitais brasileiras. Com o intuito de modificar essa situação, será lançada hoje, durante o 2º Encontro Estadual dos Conselheiros Tutelares de Mato Grosso, a Campanha Nacional "Criança Não É de Rua". O objetivo é promover a conscientização da população para abraçar a responsabilidade de resolver a questão. Cuiabá é a 23ª capital a receber a comitiva que pretende levar a pauta, considerada emergencial, à sede do Governo Federal, em Brasília. Segundo o articulador social e coordenador da campanha, Adriano Ribeiro, o maior número de crianças em situação de rua está hoje em São Paulo, onde para uma população de 11 milhões de habitantes, existem menos de 2 mil nas ruas e praças. Em Recife e Fortaleza a quantidade está em torno de 500, cada uma. Em Cuiabá, ainda não há levantamento a respeito, mas a proposta é buscar a informação. "A última vez que a Organização das Nações Unidas (ONU) questionou o Brasil, em 2004, era como se o problema não existisse, mas a gente sabe que elas estão por aí, precisando de proteção e amparo", afirmou Adriano. Ele diz, também, que a criança moradora de rua é diferente da criança que fica no semáforo pedindo dinheiro, guardando carro ou praticando mendicância. Por ter se distanciado dos pais, essas crianças não têm para onde voltar no final do dia. Elas têm um perfil perecido. São filhos de famílias abandonadas, sem acesso à educação, saúde e emprego – fatores fragilizadores. Também acabam sendo vítimas frequentes de violência de pais ou padrastos que querem se auto-afirmar. "Se não têm identificação com os adultos que deveriam ser os protetores, acabam não querendo voltar, perdem os vínculos afetivos", conclui. [A Gazeta (MT) – 05/03/2009] Notícia publicada no site da Andi - Agência de notícias dos Direitos da Infância.

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